quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

A III Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

Por Ieda Maria Jardim (Educadora Social do CREAS que esteve presente como delegada na conferência)

Foi um belo espaço de exercício democrático. O Rio Grande do Sul foi representado por uma delegação de 53 pessoas: sendo 44 delegados titulares, onde, 24 eram homens e 20 mulheres, 22 governamentais e 22 não governamentais 23 pessoas com deficiência (05 pessoas com deficiência física, 04 pessoas com deficiência auditiva e 07 pessoas com deficiência visual). Tivemos ainda 09 acompanhantes.


Do estado, 24 municípios se fizeram presente: Gravataí, Porto Alegre, São Leopoldo, Canoas, Carazinho, Frederico Westphalen, Santiago, Viamão, Cruz Alta, Parobé, Santo Antônio da Patrulha, Panambi, General Câmara, Cachoeira do Sul, Palmares do Sul, Sapiranga, Criciumal, Bento Gonçalves, Sant'Ana do Livramento, Caxias do Sul, Campo Bom, Santo Ângelo, Santa Cruz do Sul e Esteio.

Logo na chegada o grupo identificou um grave problema, a falta de acessibilidade em Brasília, no quesito Hotéis. Vergonhosamente, a capital de todos os brasileiros, não possui quartos adaptados em número mínimo exigido por lei. Ficamos no hotel Explanada, que possuía 18 cadeirantes e 4 quartos adaptados.

Três ministras (Maria do Rosário, Gleisi Hoffman e Tereza Campello), um observador internacional (Luís Fernando Astorga) e a presença da presidenta da república Dilma Rousseff, mostra que o tema está tendo SIM compromisso político!

As palestras, grupos de trabalho e plenária final foram à expressão da participação!

Ocorreram erros e acertos. Propostas boas e ruins. Mas tudo foi resultado de pactuações e discussão democrática, com direito a voz e voto a todos os delegados!

Tivemos a satisfação de eleger o Conselho Municipal de Carazinho como suplente na vaga de conselhos municipais do Conade.

Aprovamos a ampla maioria das propostas que vieram do RS e todas as nossas moções!

O nosso grupo de 44 delegados agiu de forma compromissada, correta e comprometida!

É preciso destacar o protagonismo, cada opinião e palavra emitida pelas pessoas com deficiência do RS. E o apoio daqueles que não tem deficiência, mas estavam lá, defendendo direitos e dando todo apoio necessário!

Muitas foram às dificuldades, mas todas elas foram insignificantes, porque sempre tinha uma mão amiga, um ouvido a escutar, uma mão a sinalizar, uma palavra a confortar... O espírito coletivo nos perseguiu em todos os momentos, nos tornaram fortes, e isso, deve seguir em frente, mantendo esta unidade e esta forma de relação um com o outro.

Não terminou, apenas começamos...


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